Meditação num Natal triste
"Le livre de la vie est le livre suprêmeCorria o ano de 1852. Conta-se que num serão em casa dos Zimmermann, tocado pelo 1º Prelúdio em dó maior, BWV 846 do Cravo Bem Temperado de Johann Sebastian Bach, Charles Gounod improvisou sobre ele uma melancólica melodia que o pai da sua namorada, Pierre-Joseph-Guillaume Zimmermann, se apressou a fixar na pauta, antes que se perdesse.
Qu'on ne peut ni fermer, ni rouvrir à son choix;
Le passage attachant ne s'y lit pas deux fois;
Mais le feuillet fatal se tourne de lui-même;
On voudrait revenir à la page où l'on aime,
Et la page où l'on meurt est déjà sous nos doigts."
Alphonse de Lamartine
Gounod, chamou-lhe por isso “Méditation sur le Premier Prélude de Sebastian Bach”.
Sete anos depois, foi nos "versos escritos sobre um album" de Alphonse de Lamartine que Gounod encontrou a ressonância poética apropriada para oferecer as Meditações à sua aluna Rosalie Jousset. Mulher casada, a sua sogra não achou o texto apropriado e devolveu a oferta, sugerindo substituisse o poema de Lamartine por uma prece: a Avé Maria.
Gounod aceitou. Avé Maria...
...Aqui na voz quente do contralto Nathalie Stutzmann que a cantou numa noite de natal.
Na harpa, o Prelúdio em Dó menor de J. S. Bach que inspirou Gounod!
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