Actualidade
A actualidade é imensamente complexa e como tal contraditória. O sistema capitalista é importante e influente, mas é apenas uma parte dela e não tem o futuro garantido.
Consideremos duas maneiras de enquadrar o actual "backlash neoliberal" (Sascha DuBrull) e alternativas:
- o "mercado" e os seus mandantes mandam na sociedade(*) a caminho de um "inverted totalitarianism" (Sheldon Wolin), aboutissement da "grande transformação" de Karl Polanyi. A alternativa, pelo contrário, subordina a economia à democracia;
- estamos numa cultura "imperial" centrada na potência, a alternativa é uma cultura "planetária" pautada pela convivência (Robert Gilman).
Juntando as duas maneiras de ver num processo histórico, podemos estar numa fase de transição em que o poder político se subordina ao económico e este ao financeiro. Desorientados. endeusamos uma eficácia sem sentido (que não seja o do poder (vazio de sentido)) numa espécie de barbárie acultural em que a qualidade se subordina à quantidade, o ser ao ter(Erich Fromm). Atolados no mecanismo de um darwinismo social hubrístico (Gregory Bateson), cavamos um fosso entre ricos e pobres numa sociedade de massas e um fosso entre nós e a natureza.
Desorientados caminharemos para o colapso, mas acredito que não estamos condenados, que podemos dar a volta à situação, que estamos numa crise de transição que nos cabe resolver... e que estamos a fazer por isso.
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(*) Personalizando com recentes exemplos: Emmanuel Macron é um ENARCA, patrocinado por Jacques Attali que chega ao Eliseu vindo da Banca (Rothschild). Donald Trump chega à Casa Branca vindo do imobiliário, um dos três braços do FIRE (Finança, Seguros e Real State). "The best democracy money can buy"
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