Reflexões Planetárias

Thursday, October 05, 2006

Siza

Vou ousar falar de Siza
Transparece na obra e no discurso de Siza um conflito interior entre
um AFIRMACAO formal ("kunstwollen", Riegl) que se traduz numa linguagem plástica, visual, abstrata, moderna e uma preocupação de INTEGRAÇÃO de ordem sensÍvel mas também prática, das [e nas] particularidades do sítio e do homem, quanto ás suas exgências e capacidades.

Domina em Siza o formalismo afirmativo, por exemplo, no mau envelhe-cimento de obras como a Malagueira, ao contrário do que acontece nas obras de Carlo Scarpa como o cemitério de Brion-Vega (imagem acima) ou nos pormenores da Banca Populare de Verona. Siza atribui essa deterioração à incompetência dos construtor, a meu ver indevidamente e em contradição com as suas precupações de integração de técnicas locais. No caso da Malagueira, isso é patente na fissuração e enegrecimento das paredes que atraiçoam a sua linguagem "diagramática", minimalista de planos brancos e volumes simples, à revelia da heterogeneidade construtiva e que não tem em conta as limitações tecnico-construtivas locais, bem como nas avarias [infiltracoes] e insuficiências [de proteccao térmica] dos terraços em que quiz aplicar técnicas tradicionais.
Obs1: Parece-me importante para compreender Sisa e tudo o mais, reconhecer a existencia do conflito, desta contradição essencial, agitada em Wright, mais resolvida em Aalto e que é propria de um processo vital aberto, criativo que se entende que não segue rigorosamente um plano determinado.

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