O futuro está nas cidades
O futuro está nas cidades.
Nas cidades. Nas grandes cidades. Cidades cada vez maiores e mais interligadas numa rede urbana planetária: A ecumenopolis de Doxiadis.
Mas o futuro das cidades requer uma energia abundante e barata. O technical fix não chega!
A escalada das cidades (rumo à ecumenopolis) e com ela o crescimento económico (globalização), associados ao crescimento, à mobildade e ao envelhecimento da população, torna-nos cada vez mais dependentes do progresso tecnológico que requer energia abundante e barata como tem sido o petróleo convencional.
Nevrálgica dependência evidenciada na politica de encarecimento do preço do petróleo que nos anos setenta paralisou o crescimento económico do pós-guerra.
Não será esta uma simplista interpretação dos factos?
Não é hoje o petróleo de novo barato e, não obstante, não continua em crise a economia mundial?
É verdade. Mas há outras razões que remetem para a história dos últimos trinta anos, em que o backlash neoliberal reduziu os custos do trabalho contraindo a procura e, portanto, a circulação económica do dinheiro que se passou para a parasitária especulação financeira, remoçada pelas novas tecnologias. O consumo conspícuo de uma classe de novos super-ricos não chega para compensar a retração do poder de compra da classe média.
Paralisa a economia e aumenta perigosamente o fosso entre ricos e pobres.
Este quadro dístópico formaliza-se nas assimetrias das grandes cidades.
Admitamos que o capitalismo vencerá mais esta crise. Retomar-se-á o crescimento económico capitalista e, com ele, regressará o desafio energético ambiental, redobrado pelo agravamento do EROI e do GW.
As cidades, as grandes cidades, a ecumenoplis, poderão não estar no futuro! E nós?
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Fonte da figura: Odum, Howard T. e Elisabeth C. Odum (1981). Energy Basis for Man and Nature. McGraw Hill Book Company, N.Y.
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