Reflexões Planetárias

Sunday, July 21, 2013

A destruição criativa vai continuar?

Á sua remoção seguir-se-à a sua substituição por outro "Gaspar", enquanto este poder se mantiver hegemónico na mente de (quase) todos nós
Vitor Gaspar desencadeou a actual crise política indo-se embora.
Foi-se embora, não mandado por nós, as cobaias da experiência, mas pelo experimentador designado pelos mandarins do mercado:
Ele próprio.

Ele próprio concluiu finalmente o que estava à vista, na prática desde que se conheceram os primeiros resultados da sua experiência de "destruição criativa" à maneira neoliberal:
A experiência é um fracasso!

Acabou-se com ele esta cruel experiência deixando-nos apenas destruição?
Não me parece.
Veremos o que se dignará comunicar-nos hoje o "Rei das Desertas" - o Rei da Desertificação Social.
Se optar pela continuação deste governo, sancionando a "remodelação" que pôs entre parentesis, com mais ou menos retoques e com a costumeira razão da estabilidade, a experiência continuará.
Penso que é o que fará e que, portanto, a destruição continuará.
"O povo é sereno", exclamava o Almirante Pinheiro de Azevedo no calor do 25 de Abril.
E aguenta. "Ai aguenta, aguenta", como opinava há tempos um dos mandarins da nossa desgraça.
Até quando... Não há limites?
E não há forma de responsabilizar efectivamente esta gente pelo mal incumensurável que nos faz? Poderiam ser julgados e condenados a trabalhar nas obras pelo salário mínimo.
Não. Porque a nossa democracia é apenas formal e o seu julgamento é apenas eleitoral. As eleições é que contam e os mandatos vão até ao fim, como não se têm cansado de repetir... uma "pescadinha de rabo na boca" que nos enovela entre a progressão de mercado e a democracia representativa(1).
A farsa continua. A farsa representada pelos rapazes dos "partidos do arco da governação". Nos bastidores, continua o compadrio.
Capitalismo de compadrio no seu pior, no contexto de uma Europa em que mandam os "mercados"!
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(1) Uma "pescadinha de rabo na boca" teorizada por A. J. Saraiva em "A Seta e o Anel" (Revista "Raíz & Utopia", nº 2, Verão 1977)

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