Reflexões Planetárias

Sunday, July 24, 2011

Como é possível!?

22 de Julho de 2011.
Comodamente instalado no meu posto de observação, olho as notícias e sou surpreendido com esta imagem de um rasto de devastação numa rua de Oslo:


Não foi obra da natureza mas de mão humana que ali fez explodir uma carga de nitrato de amónio misturado com fuelóleo!
Como é possível!? Num país tido como exemplo de uma vida simples, democrática, em que os governantes andam nos transportes públicos e vão ás compras como qualquer outro cidadão!
As notícias vão chegando e a surpresa vai-se desvanecendo, á medida que começam a ser conhecidos os ingredientes de uma outra mistura explosiva muito mais preocupante.
Um governo trabalhista que leva a peito a tolerância, a democracia, os direitos humanos, ousando avançar para um embargo unilateral contra Israel e prometer defender o reconhecimento do Estado da Palestina nas Nações Unidas até ao fim deste ano!
Um movimento Nazi que vem da "era Quizling" em que o "traidor" Vidkun Quisling plantou a árvore do nazismo na Noruega; que prosseguiu com os "skinheads", os "bootboys" que há cerca de oito anos andavam pelas ruas da cidade à procura de tudo o que lhe parecesse imigrantes; que chegou aos nossos dias, disseminado em diversas seitas nazis, com um rasto de cerca de 2000 incidentes violentos de racismo desde os anos oitenta, segundo o "Centro contra o Racismo" de Oslo. O racismo islamofobo de Anders Behring Breivik (que, note-se, troca pelo Islão o inimigo de estimação dos nazis e até alinha com a direita pró-israelita!), encontra eco na retórica do designado "Partido do Progresso", na "história" do "Choque das Civilizações" e em discursos contra o multiculturalismo dos lideres conservadores das três principais potências da que se designa hoje por "Fortaleza Europa". Preocupante!
O caso Breivik, bem como o de Jean Charles Menezes em 2005 ou a Invasão "neocon" do Iraque em 2003, mostram-nos que a difusão de uma maneira errada de pensar que não é de hoje, no seio da nossa "sociedade tecnológica", requer uma denodada determinação na defesa dos ideais que aqui vemos protagonizados na Noruega!

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