A ameaça nuclear (continua)
Pelo NYT se fica a saber que a tradicional confiança dos japoneses no Estado está a ser abalada pela resposta errática do governo ao acidente de Fukushima Daiishi, o qual foi objecto de anterior reflexão.
Como seria de esperar, a geometria dos círculos de segurança não corresponde á pluma de contaminação radioativa que depende dos ventos que reinam de sudeste e da orografia, como se vê no mapa.
Com orientações destas é compreensível que as populações se sintam inseguras.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVqoMRidy9EtZWiAKbRpGKYL_CB3Ms8z4nGwP0FhHjmQyJofGlmQgl8EfdH60Z2YYhW94epSlKwguj3gNa3Xk4PQlwpFMWXfqgWGf69YNiQ2_tE6iTp0F3h7xaVAU8Fl9mFfSMyw/s400/Fukushima_pluma.jpg)
E eis que irrompe um activismo que não está nos habitos da sociedade japonesa. A senhora Okoshi, entrevistada pelo NYT, está entre o crescente número de cidadãos que tomaram a iniciativa de comprar um dosímetro, medir a radiação e confrontar as autoridades com a sua criminosa negligência.
Olhando o espectro de sofrimento que paira sobre tanta gente que vivia pacificamente na sua terra, assalta-me um revoltado cepticismo perante os estudos de viabilidade económica que manobram os riscos e remetem para os cidadãos os custos insustentáveis que não são cobertos pelas seguradoras; tudo revestido por uma capa de "optimismo" herdado do Dr. Pangloss: Tudo irá bem neste nosso "admirável mundo novo"!
... Mas não vai! Cuidemo-nos!
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