Estate
E forse un po' di pace tornerà *
Nós, que nos toca a Bossa Nova e o Jazz, ainda mais nos toca a sua fusão pela flauta mágica de Ali Ryerson.... Este é outro mundo!
Bem diferente deste mundo profano, inseguro e sem graça em que somos diariamente causticados pela interminável verborreia dos números.
O belíssimo tema - Estate - é uma elegia de Verão de Bruno Martino que poderão ouver aqui na versão de João Gilberto, aqui na versão de Chet Baker com Philip Catherine, aqui na versão de Shirley Horn, aqui na versão de Ângela Hagenbach, aqui na verão de "Nossa alma canta", aqui na versão de Robeta Gambarini/Enrico Rava.
Li aqui este comentário sobre o tema: "Esta melodia é tao bela que brincar com ela é um erro. As melhores versões são aquelas em que os músicos respeitam o claro-escuro das tensões e resoluções" (1).
É o que sinto em Ali Ryerson, bem como em todos os outros que selecionei.
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(1) Quem souber ler música pode seguir em detalhe, aqui, o jogo das tensões e resoluções harmónicas, potenciado pela melodia de Martino e apoiado na batida da bossa nova, e até acompanhar a dedilhação na viola de João Gilberto.
E aqui temos a letra original em italiano. Letra singela e chã, ao modo de todas as letras da bossa nova. Celebrando o amor que, como dizia Vinicius, "é infinito enquanto dura", como a felicidade e a vida... Daí, o claro-escuro das tensões na atmosfera de profunda tranquilidade de uma tarde de Verão... em que "o barquinho vai":
*Estate
Sei calda come il bacio che ho perduto
Sei piena di un amore che è passato
Che il cuore mio vorrebbe cancellare
Estate
Il sole che ogni giorno ci scaldava
Che splendidi tramonti dipingeva
Adesso brucia solo con furor
Tornerà un altro inverno
Cadranno mille pètali di rose
La neve coprirà tutte le cose
E forse un po' di pace tornerà
Estate
Che ha dato il suo profumo ad ogni fiore
L' estate che ha creato il nostro amore
Per farmi poi morire di dolor
Estate
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