Reflexões Planetárias

Saturday, March 28, 2015

Revoltados pacíficos!

Monday, March 23, 2015

Pulsão de morte

A socialização, catapultada pelo progresso científico-tecnológico, está a ser privatizada sob o signo da húbris, na senda de uma sociedade tecnocrática, criando distopias de proporções apocalípticas em que se manifesta uma espécie de pulsão de morte.



Resultado da destruição de valores num capitalismo terminal?)
É que: Uma sociedade que perdeu os seus valores vitais tenderá a fazer da morte uma religião (Lewis Mumford, "Técnica e Civilização").
A nossa sociedade moderna está em decadência, como pensa Michael Harrington? Na utópica interpretação de Robert Gilman, estamos na transição de uma era imperial que colapsa por efeito das suas contradições internas e externalidades, para uma era planetária em que a tecnologia será posta ao serviço do bem comum da humanidade no seio da Natureza.

A grande ofensiva dos mercados!

Neoliberalismo!
Estamos na última ofensiva do mercado contra a sociedade.
Do mercado auto-regulado, isto é, dominado pelas ETN em que se concentra o poder, por via o darwinismo social...
E sobretudo pelos bancos, pela grande banca em que se concentra o poder financeiro!
A socialização propiciada pelo progresso científico-tecnológico é assim privatizada, sob o signo da húbris.
Dívida , política de austeridade... armas de uma verdadeira guerra!
De uma guerra económica, mas não só, em que não podemos deixar de tomar partido, por omissão e submissão ou na resistência e oposição ao moneteísmo, aos seus mandarins e sacerdotes!
Para uns (Michael Harrigton), o distópico sistema de poder parece estar agora em (mais uma) crise, numa decadência fria a par de uma decadência quente mais visível, ou mesmo no (seu) colapso, porventura fruto das suas contradições internas mas também de externalidades ambientais e sociais em que avulta essa resistência e oposição... algumas bem tenebrosas, vindas das entranhas do passado e da Terra (estado islâmico, evangelismo, alterações climáticas); para outros (Robert Gilman, Erich Fromm) estamos numa transição de uma era imperial em que persiste a competição e o modo de ter catapultado pelo progresso tecnológico contra a natureza, para uma era planetária solidária no modo de ser que o porá ao serviço todos com a Natureza? Utopia? Seja. Tomo partido pela utopia!

Sunday, March 01, 2015

Viver e morrer

Näo há volta a dar!
A vida tem uma contrapartida, um reverso: a morte.
Em consciência, dividimo-nos entre o desejo de viver e o medo de morrer.
Desejo de todos os desejos, medo de todos os medos.
Desejo de liberdade-antecâmara da vida, medo da insegurança-antecâmara da morte.
Fontes da alegria e da tristeza, da felicidade e da infelicidade, da sorte e do azar, do bem e do mal, da virtude e do pecado, do céu e do inferno.
Aí está a angustiante oposiçäo essencial e insolúvel que nos vem de dentro do nosso ser
para a vida e para a morte.
A origem da tragédia!
O drama existencial que uns representam fugindo da morte com a imortalidade da alma, a fama ou a glória, outros com a difusão da morte, seja banalizando-a, seja repartindo-a em mundos partilhados que vão morrendo.
Sim! Talvez a cultura e não só a religiao, não seja senão, ou seja sobretudo, uma forma de viver a vida com a inevitabilidade da morte na consciência.
Com a morte na alma.
16.10.2007