Reflexões Planetárias

Friday, July 26, 2013

A privatização dos correios

Faço minhas a sentidas palavras de John Pilger que traduzo na integra, numa homenagem ao carteiro e ao serviço público, ultrajados neste "admirável mundo novo" em que simultaneamente, sem dó nem piedade, se privatiza tudo o que é público e se colectiviza a nossa privacidade, tudo sacrificando, os seus mandarins e sacerdotes, no altar da sua hubrística eficiência lucrativa:

Já conheço o meu carteiro há mais de vinte anos. Consciencioso e bem humorado, ele é a personificação do serviço público no seu melhor. Há dias perguntei-lhe: "Porque fica assim especado em frente das portas como um soldado numa parada?
"É o novo sistema", respondeu, "Não me é pedido apenas que entregue as cartas na porta. Tenho que me aproximar cada porta de uma certa maneira e colocar as cartas de uma certa forma."

"Porquê?"

"Pergunte-lhe."

Do outro lado da rua estava um jovem austero, bloco de notas na mão, com a função de perseguir o carteiro para ver se ele cumpria as novas regras, sem dúvida com vista à privatização. Disse ao perseguidor que o carteiro era admirável. A sua face continuou impávida, excepto num vacilante momento de confuão.

No Regresso ao Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley descreve uma nova classe condicionada à normalidade que não é normal " porque eles estão tão ajustados ao nosso modo de existência, porque a sua voz foi silenciada tão cedo nas suas vidas que eles já nem lutam ou sofrem ou desenvolvem sintomas, tal como acontece nos neuróticos."

A vigilância é normal na Idade da Regressão - como revelou Edward Snowden. Câmaras de filmar por todo o lado é normal. Liberdades subvertidas é normal. A discordância pública é agora perseguida pela polícia, cuja intimidação é normal.

Caluniar palavras nobres com "democracia", "reforma", "bem estar" e "serviço público" é normal. Um primeiro-ministro que mente abertamente sobre as razões dos lobbies e das guerrras é normal. A exportação de quatro mil milhões de libras de armamento britânico, incluindo equipamento para o controlo de multidões, para o estado medieval da Arábia saudita onde a apostasia é um crime capital, é normal.

A deliberada destruição de eficientes instituições públicas como a Royal Mail é normal. Um carteiro não é mais um carteiro que faz dignamente o seu trabalho; é um autómato para ser vigiado, um quadradinho para ser marcado. Huxley descreveu esta regressão na insanidade e o nosso "ajustamento perfeito a esta sociedade anormal" com um sinal de loucura.

Estamos nós "perfeitamente ajustados" a isto? Não, ainda não.

No entanto, o quadro que John Pilger traça seguidamente do Reino Unido - que comparo com o nosso - é o de uma sociedade fragmentada, em que paira uma generalizada passividade, perante a venda, a preços de saldo, dos Correios e de outros dos serviços de energia, água e transportes ferrovários que envolvem corrupção e mesmo a colaboração dos sindicatos, malgrado as suas vociferantes manifestações.

Inconformado, Pilger termina com uma exortação que fica por traduzir:
Momentous change almost always begins with the courage of people taking back their own lives against the odds. There is no other way now. Direct action. Civil disobedience. Unerring. Read Percy Shelley – “Ye are many; they are few”. And do it.

Thursday, July 25, 2013

O "locus" chinês

Na actual fase de "convergência" que, para Hervé Kempf é "fim do ocidente, nascimento de um mundo", a Europa está do lado dos perdedores. A Europa dos cidadãos, como todos nós estamos a sentir na pele. Não as "suas" ETN (Empresas Trans-Nacionais) que, em obediência à lógica maquinista da "eficiência lucrativa" pela inovação, contribuiram para a deslocação, à escala planetária, do centro de gravidade do sistema industrial que ganhou um "locus"(*) de eleição, a China:



É irresistivel relembrar as impressionantes intuições de Oswald Spengler acerca da deriva da sociedade moderna, virando de pernas para o ar os laivos racistas do seu "misticismo rançoso":
... já no final do século XIX, "a cega Vontade de Domínio começa a cometer erros cruciais. Em vez de guardarem zelosamente a sua técnica que era a sua melhor arma, os povos brancos" (os tais nordicos!) "ofereceram-na complacentemente a outros povos por esse mundo fora" (...) "Instaurou-se assim a famosa descentralização da indústria, motivada pelo desejo de aumentar os lucros com a transferência da produção" (...) "E foi assim que, em vez de uma exportação em exclusividade dos produtos acabados, os povos de raça branca começaram a exportar os seus segredos, os seus métodos, os seus processos, os seus engenheiros e gestores." (...) "Os intangíveis privilégios das raças brancas foram disseminados ao acaso, esbanjados, divulgados. Os não-iniciados prenderam nas suas malhas os iniciadores e talvez os venham a ultrapassar, graças à manha dos morenos e à sua atávica maturidade intelectual, resultante das suas civilizações muito antigas. Em todas a regiões onde existe carvão, petróleo e hulha branca podem ser forjadas armas apontadas ao coração da própria civilização Fáustica. Aqui começa a vingança do mundo explorado sobre os seus senhores. As multidões incontáveis de Mãos de raça de cor, tão capazes como as Mãos de outras raças, mas muito menos exigentes, corroeram a organização económica dos Brancos" (em que predominam os Cérebros!) "até aos seus alicerces." (...) "O centro de gravidade da produção afasta-se constantemente, tal como se desvaneceu, após a primeira Guerra Mundial, o respeito das raças de cor pelos Brancos. Estas são as condições que estão na base da irremediável falta de trabalho que reina entre os Brancos. Não se trata apenas de uma simples crise, mas do início da catástrofe."
____________________________________________________
(*) Locus: Centro ou foco de grande actividade ou intensa concentração

Wednesday, July 24, 2013

As falsidades do "amigo e colega" de Vitor Gaspar

"Parece incrível que um país tão importante para a Europa e o mundo como a Alemanha se possa permitir ao luxo de ter um Ministro da Economia tão ignorante e irresponsável como o senhor Wolfgang Schäuble. As declarações de uma pessoa com tanta influência e responsabilidade deviam ser bem medidas, mas o ministro alemão destaca-se pelas falsidades com que habitualmente recheia os seus discursos sobre os graves problemas económicos, não só do seu país mas de toda a Europa."
"Agora acaba de afirmar que são os mercados de trabalho "rigidamente regulados" que causam o elevado desemprego juvenil existente nos países do sul Europeu e, mais concretamente que a dificuldade para despedir os trabalhadores com experiência é que dificulta a contratação dos jovens."
É com sensível indignação que Juan Torres López comenta na sua página as recentes declarações do sr. Schäuble que mostram não só ser toldado por uma cegueira ideológica, mas também desconhecer o que se passa nos países do sul da Europa que invectiva, como Juan Torres prova com dados que teve o cuidado de colher e comparar, partindo de fontes confiáveis.
O elevado desemprego jovem deve-se sim à conjugação da quebra brutal da actividade económica com a precaridade que prevalece no emprego jovem, como Torres Lopes comprova. E não é o que nós que estamos no sul da Europa constatamos todos os dias?

Juan Torres remata o seu artigo apontado para a "origem do mal": "O que acontece é que este ministro, como o seu Governo e os outros ao serviço da Banca e das grandes empresas, tratam de aproveitar a crise e o tão elevado desemprego que está provocando, para impor no seu país e no resto da Europa um modelo social diferente, com uma repartição das rendas ainda mais favorável ao capital, eliminando os mecanismos de protecção social, os sistemas fiscais progressivos e impondo ainda maiores cortes salariais. E a maneira de convencer a população da bondade de medidas tão contrárias aos seus interesses é fazer crer que são convenientes para criar emprego e bem estar. Algo que continuarão a fazer enquanto a cidadania, os partidos e movimentos sociais não conhecerem bem as falsidades deste discurso, enquanto não tiverem outra alternativa que deite por terra as suas mentiras e não a difundirem por todas as esquinas."

O errado conhecimento da realidade toldado pela cegueira ideológica só pode dar asneira. Tivemos por cá experiência disso com o "amigo e colega" do sr. Wolfgang Schäuble: o "bravo lutador" Vitor Gaspar .

Com um, e o governo recauchutado sem o outro, a "luta" continua.
A"luta". Que luta? O comentário de Jordi Doménech ao artigo de Juan Torres, aborda o papel de Wolfgang Schäuble no desmantelamento da indústria da RDA, remetendo-nos para o artigo de Angel Ferrero La fiebre del oro: el expolio de la RDA.
De 1990 a 1994, em quatro anos de frenezim privatizador, a agencia Treuhand criada para o efeito, fechou 4000 empresas da ex-RDA, destruindo 2 milhões e meio postos de trabalho. Cerca de 85% das empresas da ex-RDA cairam nas mãos de alemães ocidentais, com o duplo fito de ficar com o mercado dessas empresas e de eliminar a concorrência.
Este projecto de encarniçado "darwinismo social", foi consumado no consulado CDU do arquitecto do Tratado de Maastricht, o Chanceler Helmut Kohl, pelo último Ministro do interior: o "amigo e colega" de Vitor Gaspar, Wolfgang Schäuble!
A Treuhand gerou ao estado uma dívida de 256 mil milhões de marcos incluida nos custos da Reunificação que ainda hoje os alemães estão a pagar mediante o Solidaritätzuschlag que quer dizer "Imposto de Solidariedade"... nome que Vitor Gaspar importou para o nosso IRS!
Pois é, Vitor Gaspar não foi elito "coisíssima nenhuma", assim como o outro Vitor, Constâncio ripostou aos deputados que só respondia perante os seus pares. Constâncio foi para Vice do BCE e Gaspar se verá para onde vai. Ficou em seu lugar, para já, Maria Luis Albuquerque que afirmou peremptoriamente que a política económica de Gaspar é para continuar. A "destruição construtiva" do "capitalismo de desastre", a política de desastre de Schauble-Gaspar, é para continuar, com Schauble-Albuquerque por ora. A luta continua! Afinal, conforme nota Ferrero, não propôs Jean-Claude Juncker em 2011 para a Grécia a mesma fórmula de Treuhand? Uma fórmula neo-liberal que se pretende exportar para toda a Europa de Maastricht.

Monday, July 22, 2013

A "super-entidade" económica

Em Setembro de 2011, Vitali, Glattfelder e Battiston, apresentaram os resultados de um estudo, segundo eles pioneiro, sobre a arquitectura da Rede de controlo global das ETN (Empresas Trans-Nacionais):
Nesse estudo, constata-se que as ETN formam já hoje uma entrelaçado gigante e que grande parte do controlo vai para um pequeno núcleo de instituições financeiras densamente entretecido, conforme se pode ver na figura. Lá estão o Deutsche Bank, Goldman Sachs, Morgan Stanley, Merrill Lynch, o defunto Lehman Brothers... Todos os grandes piratas da nossa praça, hoje com o nome cabalístico de "mercados"(1,2).
Os autores vêem este núcleo como uma "super-entidade económica que levanta novas e grandes questões aos investigadores e aos decisores políticos".
É uma forma deveras académica de ver o problema. Esse núcleo em que se concentra o poder económico no domínio financeiro, não será o aboutissement natural do capitalismo em roda livre que vai neutralizando todos os mecanismos de regulação, à medida que vai capturando o poder político(3) na globalização em curso?
A lógica do capitalismo poderá assim conduzir à negação do seu princípio basilar da liberdade individual, numa sociedade econocrática... se vencer as resistências da sociedade e da natureza.
Deixemos a natureza, para concluir esta reflexão com uma interrogação sobre a sociedade: Será que os que nos enchem os ouvidos com a litanía do "regresso aos mercados", estão do lado da liberdade ou da capitulação?
_________________________________
(1) No ápice deste sistema em que a "elite global governa o mundo", está o "Bank of International Settlements", "the central bank of central banks" como diz a whistleblower Karen Hudes.
(2) Mais sobre sobre este processo de concentração do poder em "Corporate Governance: the chaotic power of financial giants" de Ladislau Dewbor(nota acreescentada em 3 de Março de 2016)
(3) Esta constelação de gigantescos grupos privados transnacionais, movimenta qualquer coisa como 50 triliões de dolares, da ordem de grandeza de toda a dívida pública do planeta. Face a esta relação de forças, será hoje possível uma solução politica "top-down" para salvar o capitalismo, como admitia Francois Perroux: "uma solução política, radicalmente renovada nos seus fins e nas suas técnicas que imporia ao mundo económico o reconhecimento do seu lugar subordinado, dando início a uma nova fase do capitalismo"? Mas por outro lado pelo que hoje se adivinha, não parece impossível que esta gigantesca constelação de poder económico hoje financeirizado venha a confrontar-se com rendimentos marginais decrescentes, enredando-se (e todos nós com ela) num gigantesco embróglio feito de burocracia e corrupção, agravado pelos efeitos das suas externalidades sociais e ambientais. Não será então inevitável uma soluçao "politica" "bottom-up" para salvar a sociedade... do capitalismo(?)

Sunday, July 21, 2013

Como vai a "Taxa Robin Wood"?

A Comissão Europeia iniciou (finalmente) em Fevereiro passado os trabalhos com vista à criação da FTT (Financial Transaction Tax), a qual visa controlar a especulação bolsista, conducente à crise em que nos encontramos.

Imediatamente os grandes bancos, fundos de investimentos, grandes empresas de advogados e de consultoria e os lobbies financeiros, intensificaram as suas campanhas alarmistas e parecem estar a pôr em jogo todos os seus meios para reduzir a medida à irrelevância, numa vasta operação de "waterdown". O pior é agora a intromissão do BCE (Banco Central Europeu) como conselheiro, nos trabalhos da Comissão!
Pergunta-se:
- O que é que o BCE está a fazer no processo? Tem o BCE mandato para trabalhar com a Comissão numa proposta como esta sobre a FTT?
- Será o BCE realmente uma boa escolha como conselheiro, dado que não é responsável perante ninguêm, segundo nenhum tratado, e dada a sua natural hostilidade a qualquer obstáculo ao reforço do sector financeiro?
- Não estamos perante o risco de que com o envolvimento do BCE, seja entregue mais uma arma ao lobby financeiro para "desfazer" a FTT? E nesse caso, será de acreditar que o público terá acesso à informação do que se passa, dada a falta de transparência que tem caracterizado o BCE?
Mais sobre a pressão que os "mercados" exercem sobre a Comissão Europeia, no caso do processo da FTT neste artigo, de que aqui fizemos uma curta resenha.
Este como outros casos, não nos deixam ilusões sobre o pendor mercantil desta UE : "A actual balança do poder, em particular ao nível da UE, implica que todos os passos que vão no sentido de uma maior integração europeia reforçam o designio neoliberal. Enquanto alguns estados poderão sentir um alívio temporário nos custos dos empréstimos, serão os seus cidadãos que irão sentir de seguida a força bruta das reformas estruturais."
________________________________________________________
A verde na figura, os países que apoiaram a criação da taxa. Entre eles está Portugal.

A destruição criativa vai continuar?

Á sua remoção seguir-se-à a sua substituição por outro "Gaspar", enquanto este poder se mantiver hegemónico na mente de (quase) todos nós
Vitor Gaspar desencadeou a actual crise política indo-se embora.
Foi-se embora, não mandado por nós, as cobaias da experiência, mas pelo experimentador designado pelos mandarins do mercado:
Ele próprio.

Ele próprio concluiu finalmente o que estava à vista, na prática desde que se conheceram os primeiros resultados da sua experiência de "destruição criativa" à maneira neoliberal:
A experiência é um fracasso!

Acabou-se com ele esta cruel experiência deixando-nos apenas destruição?
Não me parece.
Veremos o que se dignará comunicar-nos hoje o "Rei das Desertas" - o Rei da Desertificação Social.
Se optar pela continuação deste governo, sancionando a "remodelação" que pôs entre parentesis, com mais ou menos retoques e com a costumeira razão da estabilidade, a experiência continuará.
Penso que é o que fará e que, portanto, a destruição continuará.
"O povo é sereno", exclamava o Almirante Pinheiro de Azevedo no calor do 25 de Abril.
E aguenta. "Ai aguenta, aguenta", como opinava há tempos um dos mandarins da nossa desgraça.
Até quando... Não há limites?
E não há forma de responsabilizar efectivamente esta gente pelo mal incumensurável que nos faz? Poderiam ser julgados e condenados a trabalhar nas obras pelo salário mínimo.
Não. Porque a nossa democracia é apenas formal e o seu julgamento é apenas eleitoral. As eleições é que contam e os mandatos vão até ao fim, como não se têm cansado de repetir... uma "pescadinha de rabo na boca" que nos enovela entre a progressão de mercado e a democracia representativa(1).
A farsa continua. A farsa representada pelos rapazes dos "partidos do arco da governação". Nos bastidores, continua o compadrio.
Capitalismo de compadrio no seu pior, no contexto de uma Europa em que mandam os "mercados"!
_____________________________________________________________
(1) Uma "pescadinha de rabo na boca" teorizada por A. J. Saraiva em "A Seta e o Anel" (Revista "Raíz & Utopia", nº 2, Verão 1977)

Saturday, July 13, 2013

A confissão de João Duque

O edificio da economia está muito bem construido... mas no lugar errado.
O que quer João Duque dizer com esta metáfora arquitectónica?
Simplesmente isto: que a lógica da economia conflitua com a moral.



Percebo que este conflito provoque um grande desconforto interior neste homem de formação cristã... embora isso não o demova de prosseguir na missão de propagar a fé na economia que confunde com a economia de mercado. É que a lógica do capitalismo que preside ao "darwinismo social" da economia de mercado, conflitua com a moral.
A lógica do lucro, da eficiência lucrativa.
De facto o capitalismo não se rege por leis morais.
Bem. Depois João Duque procura apaziguar a sua alma inquieta, com uma outra confusão entre eficiência e lucro, esquecendo que o lucro é a eficiência vista pelo lado das empresas e dos seus "shareholders" e não pelo lado da sociedade e, muito menos na perspectiva da sociedade integrada na natureza. E assim acaba por defender a ganância porque promove a eficiência e, com ela, mais coisas para todos com menos recursos e, portanto... a protecção da natureza!
Que mentes inquietas e confusas, as destas elites que recebem dos mandarins(1) as alavancas da formação dos jovens e da conformação da opinião pública!
Não admira que estejamos no estado em que estamos: numa crise económica que se aprofunda como se aprofunda o fosso entre os ricos e os pobres! Quando hoje, graças ao progresso científico-tecnologico, dispomos de meios que poderiam fazer a felicidade de todos nós!
_________________________________________________________
(1) No espaço de pouco mais de um ano o ISEG, presidido por João Duque desde 2009, "ordenou" (doutorou Honoris Causa) três figurões da religião do mercado: Ricardo Salgado, António Mexia e Eduardo Catroga (em boa companhia com Fred "Napoleon Dynamite" Mishkin).

Wednesday, July 10, 2013

A rotura social está à vista!

Eis no que não pode deixar de dar o "darwinismo social", catapultado pelo abuso do progresso científico tecnológico, sob o signo da "eficiência lucrativa":



Os States lideram. E os nossos pequenos mandarins e sacerdotes da "economia", da sociologia e do direito seguem-lhes a peugada.
O fosso entre os ricos e os pobres acentua-se cada vez mais. Mais do que os próprios americanos pensam! O pano está cada vez mais esticado e começa a faltar material pelo meio. A rotura social está à vista!